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Espaço dos educadores

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SOBRE DATAS COMEMORATIVAS
Clique nos links abaixo:
http://educador.brasilescola.uol.com.br/sugestoes-pais-professores/datas-comemorativas.htm 

http://www.tempodecreche.com.br/espaco-de-coordenar/planejamento-educacao-infantil-e-datas-comemorativas/ 

http://paraalmdocuidar-educaoinfantil.blogspot.com.br/2010/03/datas-comemorativas.html

http://ouvindocriancas.com.br/2014/04/22/sobre-datas-comemorativas-e-o-papel-da-escola-algumas-breves-reflexoes/ 

https://giracirandinha.wordpress.com/tag/comemoracoes-na-escola/ 



 



“A criança é feita de cem.
A criança tem cem mãos
cem pensamentos
cem modos de pensar
de jogar e de falar.
Cem sempre cem
modos de escutar
as maravilhas de amar.
Cem alegrias para cantar e compreender.
Cem mundos para descobrir.
Cem mundos para inventar.
Cem mundos para sonhar.
A criança tem cem linguagens
(e depois cem cem cem)
mas roubaram-lhe noventa e nove.
A escola e a cultura
lhe separam a cabeça do corpo.
Dizem-lhe:
de pensar sem as mãos
de fazer sem a cabeça
de escutar e de não falar
de compreender sem alegrias
de amar e maravilhar-se
só na Páscoa e no Natal.
Dizem-lhe:
de descobrir o mundo que já existe
e de cem
roubaram-lhe noventa e nove.
Dizem-lhe:
que o jogo e o trabalho
a realidade e a fantasia
a ciência e a imaginação
o céu e a terra
a razão e o sonho
são coisas
que não estão juntas.
Dizem-lhe:
que as cem não existem
A criança diz:
ao contrário, as cem existem.”


Postado por Leiko 25/09/2015

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Materiais não estruturados: O desafio do brincar


Quando brinca, a criança tem o poder de tomar decisões, expressar sentimentos, interagir consigo e com o outro e introduzir-se no mundo imaginário.
Os materiais não estruturados (cones, carretéis, madeiras, caixas, conduites, tecidos, mangueiras, pneus, elementos da natureza, entre outros), são inseridos na rotina escolar a fim de potencializar as experiências das crianças durante seu processo criativo.
Durante as brincadeiras ao se depararem com esse tipo de material, as crianças necessitam de encorajamento e tempo para pensar, explorar, criar e desenvolver habilidades que darão sentido à brincadeira. A interação com os materiais por várias vezes seguidas faz com que elas se apropriem dos mesmos e torne o aprendizado marcante.
Enquanto as crianças estão engajadas na exploração dos materiais, o educador tem o papel de realizar intervenções que instigue o pensamento infantil e favoreça a ampliação de possibilidades. Dessa forma, as crianças criam novas habilidades e as usam em suas criações e também na interação com outros amigos, ajudando-os na solução de problemas enquanto manipulam os materiais.
Em suas brincadeiras, as crianças na maioria das vezes não fazem representações idênticas as reais, porém o trabalho é valorizado, levando em consideração que cada um tem um ponto de vista e estilo próprio, que nos ajuda a enxergar o mundo de forma diferente.
Publicado por Alini Revoltini
http://www.escolavillare.com.br/materiais-nao-estruturados-o-desfio-do-brincar/

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Qual a diferença entre brinquedos estruturados e não-estruturados? 

http://criancaeconsumo.org.br/wp-content/uploads/2014/02/Crian%C3%A7a-e-Consumo-Entrevistas-Vol-5.pdf   

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR  

Entrevista com Susan Linn - pg. 43

"Brinquedos estruturados são baseados em características de mídias, que só podem ser usados de uma maneira e que requerem o mínimo de esforço das crianças. Eles limitam as habilidades das crianças de interagir com o brinquedo, de imprimir suas características pessoais nele, de usar o brinquedo como forma de se expressar e de conquistar uma sensação de domínio sobre seu mundo.

Com brinquedos não-estruturados, os “valores da brincadeira” estão muito mais na criança. Desta forma, a criança precisa confiar em seus próprios recursos para conduzir a brincadeira. Blocos de madeira são um exemplo de um brinquedo não-estruturado."

Susan Linn

Susan Linn é psicóloga, escritora, produtora, cofundadora e diretora da Campaign for a Commercial Free Childhood (Campanha por uma Infância Sem Comerciais)

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 SOBRE MATERIAIS NÃO ESTRUTURADOS OU DE LARGO ALCANCE

Uma coisa pode ser muitas coisas...

A criança gosta muito de transformar os objetos. Como em um passe de mágica, uma garrafa vira uma luneta; um tecido se transforma em uma cabana ou em uma capa de rei.
Para ela “uma coisa pode ser muitas coisas” em sua imaginação.
Quando brinca com objetos “de largo alcance”, sua capacidade de invenção e imaginação se ampliam, permitindo a ela transformá-los segundo sua própria ótica.  Por esse motivo, brincar com os materiais de largo alcance ou objetos não estruturados, dá a oportunidade de uma experiência nova e enriquecedora para a criançada.
De acordo com a neurociência, quando é colocado materiais de largo alcance à disposição da criança, a sua capacidade de inventar é valorizada e seu o processo de experimentação e descoberta alimentam suas conexões cerebrais.
Os materiais ativam o processo criativo das crianças, na transformação de objetos e espaços para a brincadeira.  Ela passa a vivenciar um ambiente que convida a investigar, a pesquisar, a aprender e apurar conhecimentos sobre a propriedade física dos objetos e as possibilidades de ação sobre eles.
A plasticidade oferecida, aliada à curiosidade infantil e desejo para inventar, descobrir formas de uso, resulta em uma combinação muito produtiva, que envolve muita energia e  concentração das crianças.
Um brinquedo produzido por ela mesma tem um valor afetivo diferenciado, onde a criança passa a ser produtora de cultura e não uma simples consumidora de produtos.

Mas como podemos definir materiais de largo alcance ou não estruturados?

Os materiais que chamamos de "largo alcance" são aqueles que possibilitam à criança inúmeras possibilidades de brincadeira.
 O psicólogo russoLeontiev traz o conceito de brinquedo de largo alcance: aquele brinquedo não-convencional, composto por materiais caracterizados por sua plasticidade.  Isto é, pela capacidade de se transformar em muitas coisas. Quanto mais versátil é o material, maior é diversidade de jogos simbólicos que oferece.
Podem ser materiais de largo alcance:
-  Panos de diversos tamanhos, texturas, cores;
-  Garrafas
-  Latas
-  Tampinhas
-  Caixas de papelão de diversos tamanhos
-  Pedaços  de madeira
-  Cabos de vassoura
-  Potes de diversos formatos
-  Elementos da natureza ( pedras, folhas, areia, terra, gravetos)
Prepare uma Caixa dos Tesouros, composta por diferentes materiais de largo alcance. Permita que a criança explore e crie a partir de materiais tão simples e transforme em um brinquedo tão valioso.

Por Mariangela Carocci  

Mestranda em Educação, pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Arte-Educação. É pesquisadora da abordagem Reggio Emília na Educação Infantil
28 Feb 2014

http://pupa.net.br/conteudos/brincar/artigos/uma-coisa-pode-ser-muitas-coisas


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Políticas públicas para a primeira infância: em foco os direitos fundamentais das crianças
Janaina Vargas de Moraes MaudonnetMaria Aparecida Guedes Monção
Não há qualquer justificativa para obrigar a criança a agir contra seus sentimentos, querendo que ela se sinta melhor fazendo aquilo que os adultos preferem que ela faça. O respeito ao direito de sentir das crianças permitirá que elas cresçam de acordo com suas características e que consignam o pleno desenvolvimento de sua personalidade. (DALLARI, 1986, p. 45)
Nas últimas décadas tem tomado força no país, idéias que ressaltam a importância de garantir a constituição de políticas públicas para a primeira infância alicerçada nos direitos fundamentais das crianças pequenas garantidos pela legislação brasileira (Constituição Federal,1988;Estatuto da Criança e Adolescente, 1990; Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 1996;Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, 2009). Essas idéias preconizam a necessidade de recursos financeiros para efetivar propostas pedagógicas que realmente promovam por meio de ações concretas junto as crianças, prática educativas que a considerem como o centro de todo o trabalho pedagógico.
Considerar os direitos fundamentais das crianças requer compreender a importância do Estado assumir a educação da infância em parceria com suas famílias, garantindo a universalização da oferta de vagas e a qualidade do atendimento expressa em instituições estruturadas, com profissionais bem remunerados e com projetos pedagógicos que respeitem a especificidade da criança pequena.
As políticas públicas para a primeira infância tem oscilando historicamente entre ações de tutela e guarda para crianças de baixa renda e propostas que preconizam a antecipação da escolarização. Nenhuma dessas perspectivas atendem a especificidade das crianças de 0 a 6 anos, especialmente porque adotam como matriz o modelo de escola centrado em conteúdos formais que pouco considera as crianças suas necessidades, desejos e manifestações.
Além disso, a crescente demanda por instituições de educação infantil e a baixa ampliação da oferta de equipamentos públicos  – especialmente de 0 a 3 anos - demonstram que a universalização do atendimento ainda está longe de ser atingido, apesar de um aumento significativo do número de matriculas em instituições públicas e privadas, essas últimas, em sua maioria, com projetos de baixo custo, em que as crianças pequenas ficam em espaços sem condições adequadas para seu desenvolvimento com profissionais pouco qualificados, com baixa remuneração e carga horária elevada de trabalho.
      O trabalho com as crianças pequenas exige que os profissionais tenham clareza da especificidade de suas práticas, que percebam de que forma são estabelecidas as relações com as crianças, como são organizados os espaços e os tempos na instituição e como proporcionam experiências significativas nas diferentes linguagens (verbais, não verbais, corporais, artísticas), favorecendo o desenvolvimento dos pequenos e o exercício cotidiano da imaginação e da brincadeira.
As relações estabelecidas no interior das instituições, configuram-se como um elemento muito importante na garantia dos direitos fundamentais das crianças, uma vez que estas aprendem nas interações com os adultos e com seus pares. Portanto, para garantir esses direitos, faz-se necessário atentar para que as relações tenham sempre um caráter dialógico e democrático, onde todos – crianças, profissionais e famílias - tenham voz e suas manifestações consideradas. Essas relações estabelecidas no âmbito interno de cada instituição, estão intimamente ligadas às políticas públicas, que a partir de suas proposições permitem ou não a consideração dessas manifestações e a garantia da especificidade do trabalho com a criança pequena.
As políticas públicas não são neutras, mas expressam as expectativas sociais em relação a esse nível educativo, assim como revelam as concepções históricas sobre educação infantil. As tensões presentes na sociedade são refletidas claramente nas práticas cotidianas e nas propostas oferecidas à infância nas instituições, nesse sentido, para discutir essas propostas é preciso levar em conta as concepções e correlações de forças sociais presentes nelas, em especial no modo como a sociedade tem visto e acolhido as crianças e os jovens.
A educação infantil não se resume meramente a um conjunto de técnicas a serem aplicadas para ensinar determinados conteúdos as crianças.  Ela é muito mais complexa e envolve tomadas de decisões constantes e são nessas decisões que residem a dimensão política da prática educativa. Por isso a necessidade de uma constante reflexão a respeito do compromisso com a primeira infância: Como as crianças são ouvidas e consideradas nas instituições que frequentam? Como são garantidas as possibilidades das crianças conviverem em espaços democráticos? As instituições de educação infantil consideram  a infância e suas necessidades ou são instituições pensadas para adultos? Como são favorecidas condições para que as crianças vivam uma infância feliz? 

 Extraído de http://pedagogiacomainfancia.blogspot.com.br

Postado por Leiko em 17/12/2013


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A Criança é Performer

Marina Marcondes Machado
Resumo

Este artigo conversa com a noção de infância proposta por Maurice Merleau-Ponty em seus Cursos na Sorbonne sobre a Psicologia e a Pedagogia da criança. O texto tem raiz nos resultados da pesquisa de pósdoutoramento da autora, pesquisa de criação dramatúrgica na metodologia de “trabalho em processo” cuja totalidade, entre etnografia, estudo das cenas de rua e criação de roteiros teatrais, permitiram-na propor a noção de criança performer. Trata-se de uma contribuição original com base na tradição fenomenológica, bem como na noção de culturas da infância. O artigo faz interlocução com o que estudiosos da cena contemporânea nomeiam performance e performer de modo a propor uma visão de criança performer, com foco especialmente voltado para a Pedagogia Teatral e a Educação Infantil.

Texto completo: PDF
 
Postado por Leiko em 22/08/11


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 Musicalização na Educação Infantil  
Ouça no programa da Rádio Educação das educadoras Adriana e Luciana.



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 LINKS INTERESSANTES:
 http://www.acordacultura.org.br/

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html

Mapa do Brincar

GEP Diversidade Cultural e Cidadania


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Veja o video 
Programa do Curso de Pedagogia Unesp/Univesp, da disciplina D14 -- Educação infantil: diferentes formas de linguagens expressivas e comunicativas - O programa mostra duas escolas de São Paulo que utilizam o desenho como base de diversos trabalhos pedagógicos. Márcia Aparecida Gobbi, da Faculdade de Educação da USP, acompanha algumas atividades e explica sua importância para o desenvolvimento das crianças.
(indicado por  Beatriz Ruela)
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 Formação Continuada - 08/04/2011
Tema: Cultura Afro-brasileira   (Lei 10639)
Palestrante: Alessandra Ribeiro (Fazenda Roseira) 

CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Alessandra Ribeiro da Casa da Cultura Roseira trouxe para nossa formação questões de etnia, como trabalhar a inserção da lei nº 10.639, que inclusive faz parte do n/ PPE de 2011, além de nos proporcionar reflexão sobre o racismo e a necessidade de nós educadoras/es não deixarmos de trabalhar essa questão com nossas crianças. Encerrou a reunião com duas frases significativas para nós, equipe escolar: "Roda de amigo não tem demanda" e "Eu seguro sua mão na minha para que juntos possamos fazer aquilo que eu não posso fazer sozinho".
Leiko/ abril 201

Dicas de livros dadas pela Alessandra:
Ancestrais - Mary Del Priori; Mulheres Negras no Brasil - Schumaher; Os Príncipes do Destino - Reginaldo Prandi; O Jongo na Escola - Pontão de cultura Jongo/Caxambú; e o filme: A Cor da Cultura.















Vamos postar o resumo dessa FC.
Nossa colega  Gabriela irá nos repassar.
Como combinado, eis o texto:
A atividade realizada nesta Formação Continuada foi uma atividade onde pudemos entrar em contato (pelo menos naquelas poucas horas) com a cultura negra. A Alessandra que é uma importante militante e pesquisadora da cultura negra em Campinas, nos proporcionou um momento de reflexão sobre o racismo e a necessidade de como educadoras/es não deixarmos de trabalhar essa questão com nossas crianças. Fundadora da Comunidade Jongo Dito Ribeiro, Alessandra trabalha a inserção da reflexão etnico-racial através da música  africana em especial o "Jongo". 
Algumas dicas importantes dada pela Alessandra foram os livros: Ancestrais - Mary Del Priori; Mulheres Negras no Brasil - Schumaher; Os Príncipes do Destino - Reginaldo Prandi; O Jongo na Escola - Pontão de cultura Jongo/Caxambú; e o filme: A Cor da Cultura. Além disso Alessandra nos ensinou que o tambor que é um instrumento africano, pode ser introduzido para cantarmos as diversas músicas infantis que conhecemos.
Essa foi uma importante atividade pois além de fazer parte do projeto político pedagógico da escola, ainda conhecemos melhor a Lei 10.639 que fala da obrigatoriedade o ensino de história da África nas escolas brasileiras e a necessidade de combatermos também na escola a exclusão racial.
Gabriela Chiareli


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            A MORDIDA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Nos primeiros anos de vida, o principal contato da criança com o mundo exterior, acontece na forma oral, no primeiro ano, o ato de sugar o seio que é fonte de alimento e prazer, é também uma forma de interagir com o mundo (choro/balbucio), mesmo após os primeiros aprendizados da língua oral, a criança continua usando a boca, como forma de explorar e descobrir o mundo. Este ato, se relaciona à fonte de libido, mas não está relacionada ao libido de forma erótica, mas sim como prazer e exploração do mundo, quando morde, a criança não busca provocar a dor intencionalmente, embora o ato de morder seja prazeroso, ela está apenas explorando o meio, seus limites e o outro. Sigmund Freud (1856-1939), diz que a criança experimenta o mundo (e o outro) através da forma oral, para ele, o prazer de morder está relacionado com o uso do instrumento que a criança melhor domina, a boca. Com isso, a boca vai ganhando novas funções, da nutrição, vem o choro, para expressar e conseguir mais rapidamente, a atenção que deseja, após os balbucios e as primeiras palavras, a mordida vem como uma forma rápida de manifestar o que deseja.
Não há educador que não tenha vivenciado esta fase, pois embora cause estranheza e medo aos pais e seja um estresse na rotina diária do professor, este comportamento não é anormal e encontra suas justificativas, dentro das características do desenvolvimento infantil.
Segundo D’Andrea, a fase oral é dividida em duas etapas, a de sucção e a de mordida.
Na fase da mordida “há uma tendência a destruir, morder, triturar o objeto antes de incorporá-lo”. Essa fase é dividida em duas características principais, sendo oral receptiva, quando o sujeito não passa por privações, tornando-se uma pessoa muito generosa e oral agressiva que aparece uma “tendência a odiar e destruir, a ter ciúmes da atenção que outros recebem, a nunca estar satisfeito com o que tem e a desejar que os outros não tenham algumas coisas, mesmo que não as queira para si”.

 COMO AGIR NO CASO DE MORDEDURAS?
Seja firme, diga que não foi legal, que o amigo agora está sofrendo e chorando, pois morder machuca. Não estenda o “sermão”, seja breve;
Leve a criança que mordeu, para prestar atendimento ao colega que foi vítima, durante este momento, chame a atenção para o fato do colega estar chateado e com dor;
Algumas crianças que mordem mais frequentemente, devem permanecer sempre próximas ao educador, para que o mesmo possa interferir de forma rápida, evitando novas investidas;
Explique que na boca, mastigamos pizza, bolo, arroz, feijão, que o colega não é comida, é amigo e devemos acariciar;
Elogie bastante, a cada demonstração de carinho e verbalizações orais;
Converse com os pais, explique como aconteceu, fique mais atenta para que não se repita, mas não deixe de orientar que esta ação faz parte do desenvolvimento infantil;
Avise aos pais da criança que mordeu sobre o fato e comunique os familiares da criança que foi mordida, mas jamais, divulgue o nome da criança que mordeu, para evitar a criação de rótulos e até o mal estar entre as famílias;
Em alguns casos, pais de crianças que mordem, costumam brincar usando a boca e até dando pequenas mordiscadas na criança, explique que o filho pode estar repetindo o gesto, mas por não ter noção da sua força, acaba passando dos limites;
Tome bastante cuidado, pois mordida “pega”, muitas vezes, os familiares da criança mordida ficam tão indignados, que chegam a recomendar que a criança faça igual ou mesmo, a própria criança pode achar que esta é uma forma eficaz de resolver seus conflitos;
Lembre-se: O isolamento não ensina, pois só a convivência vai educar. Separe a criança do grupo somente quando precisar prestar atenção em outras coisas como preencher uma agenda ou trocar uma criança, no restante do tempo “olho vivo e pernas rápidas”;
Aprenda a identificar o contexto no qual a criança costuma reagir mordendo, desta forma, antecipe-se e fique junto, mediando a relação e orientando a criança a agir de forma correta;
Não permita que a criança usufrua do brinquedo ou do colinho, que conquistou na base da mordida, estimule também, o pedido de desculpas;
Se você vai fazer uso de alguma medida punitiva como afastar a criança do grupo por alguns instantes, antes combine e previna a criança;
Não deixe que criem rótulos como nesta turminha tem "tubarão", ou fulano é um mordedor, oriente os pais com segurança e informe-os sobre as características do desenvolvimento infantil. Antecipe-se ao problema.

Querida Profa, embora estressante e bastante tumultuada, esta fase é passageira, a criança quando bem amparada e orientada, aprende a se relacionar da forma correta. Não esqueça que tudo na vida dos pequenos é constante aprendizado. Se conduzirmos de forma firme, mas afetiva, estes comportamentos se transformam em uma relação saudável. Leia bastante sobre as características da sua faixa etária e observe o seu grupo de crianças, investigando a ação das crianças e seu comportamento diante de algumas situações do cotidiano, é possível antecipar a reação dos pequenos, evitando este confronto mais direto.

Márcia O. Soares
Orientadora Pedagógica
 Fonte: http://www.cantinhodaeducacaoinfantil.com.br
( Copiado e postado por Leiko em 26/02/11 )



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O que significa o Dia da Consciência negra?
"Dia da Consciência Negra" retrata disputa pela memória histórica
Preservar a memória é uma das formas de construir a história. É pela disputa dessa memória, dessa história, que nos últimos 32 anos se comemora no dia 20 de novembro, o "Dia Nacional da Consciência Negra". Nessa data, em 1695, foi assassinado Zumbi, um dos últimos líderes do Quilombo dos Palmares, que se transformou em um grande ícone da resistência negra ao escravismo e da luta pela liberdade. Para o historiador Flávio Gomes, do Departamento de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a escolha do 20 de novembro foi muito mais do que uma simples oposição ao 13 de maio: "os movimentos sociais escolheram essa data para mostrar o quanto o país está marcado por diferenças e discriminações raciais. Foi também uma luta pela visibilidade do problema. Isso não é pouca coisa, pois o tema do racismo sempre foi negado, dentro e fora do Brasil. Como se não existisse".

Nas escolas: muita proposta, pouca mudança
No início de seu mandato o presidente Lula aprovou a inclusão do Dia Nacional da Consciência Negra no calendário escolar ( 20 de novembro )  e tornou obrigatório o ensino de história da África
( História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, para  propiciar  o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país ) nas escolas públicas e particulares do país
Embora a decisão tenha sido comemorada, alguns pesquisadores ressaltam que existem obstáculos a serem ultrapassados para que a proposta se transforme em realidade.

Para a socióloga Antonia Garcia, doutoranda do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, é importante que se conquiste o "Dia Nacional da Consciência Negra" "como o dia nacional de todos os brasileiros e brasileiras que lutam por uma sociedade de fato democrática, igualitária, unindo toda a classe trabalhadora num projeto de nação que contemple a diversidade engendrada no nosso processo histórico".
Fonte - Extraído parte do texto do site Com ciência.


Abaixo, fotos de nossas representantes da raça negra, mãe (funcionária da escola) e filha (aluna da escola).
A criança chama atenção pelos belos penteados (afros). A mãe, dedicada e cuidadosa, faz belas e variadas trancinhas enfeitadas, cultivando a africanidade e valorizando a sua raça.